O Setor Industrial e o Papel da Cobrança Estratégica na Atualidade
- Latina Gestão em Cobranças
- 23 de abr.
- 6 min de leitura
Atualizado: 24 de abr.
Como Melhorar a Recuperação em Tempos Desafiadores e Indústria em Estagnação
O cenário para a indústria em 2025 é de estagnação prolongada(1). Para os gestores de contas a receber e cobrança, esse ambiente exige análises técnicas, estratégias baseadas em dados e referências de especialistas para mitigar riscos e melhorar a eficiência na recuperação de créditos.

Nosso objetivo é identificar as principais causas econômicas e propor ações concretas com metodologias validadas para proteger o fluxo de caixa diante das previsões de estagnação da indústria.
1. Cenário Atual da Indústria
A indústria brasileira acaba de completar cinco meses sem crescimento, com uma variação de -0,1% em fevereiro de 2025 em relação a janeiro, segundo dados do IBGE.
Embora haja um leve avanço de 1,5% na comparação anual, o cenário ainda é de cautela: 14 dos 25 ramos industriais tiveram queda na produção, com destaque para bens semiduráveis e não duráveis (-0,8%) e bens de consumo duráveis (-3,2%).
Setor bate quinto mês seguido sem crescimento Em fevereiro, a produção industrial nacional variou -0,1% frente ao mês de janeiro. Na comparação com fevereiro de 2024, a indústria cresceu 1,5%. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE mostraram que duas das quatro grandes categorias econômicas e 14 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram redução na produção, de janeiro para fevereiro de 2025. (1)
Fatores que afetam o crescimento industrial em 2025:
Taxas de juros:
A alta da taxa de juros, como a Selic, encarece o crédito e desestimula investimentos e consumo, afetando diretamente a indústria.(2)
Política monetária:
Uma política monetária mais restritiva, com o aumento das taxas de juros, pode levar a uma desaceleração da atividade econômica, inclusive da indústria. (3)
Condições de crédito:
As condições de crédito mais apertadas dificultam o acesso ao financiamento para as indústrias, o que pode impactar a produção e os investimentos.(4)
Inflação:
A inflação alta reduz o poder de compra das famílias, diminuindo a demanda por produtos industriais e afetando a rentabilidade das empresas. (2)
Desvalorização do real:
A desvalorização do real ante o dólar aumenta os custos de importação para as indústrias, impactando a competitividade e os lucros.(2)
Menor demanda:
Com a economia desacelerando, a demanda por produtos industriais tende a diminuir, o que pode levar as indústrias a reduzir a produção e até mesmo a efetuar demissões. (4)
Políticas fiscais:
A política fiscal menos expansionista também pode ter um impacto negativo sobre a atividade industrial, com a redução do estímulo à economia.(4)
Incertezas externas:
O cenário internacional, com conflitos e medidas protecionistas, pode gerar incerteza e reduzir a confiança das empresas em investir e expandir.(5)
2. Comportamento dos Setores
A desaceleração do crescimento industrial em 2025 é atribuída principalmente à política monetária mais restritiva, com a alta das taxas de juros, que desestimula investimentos e consumo. A redução do impulso fiscal e a menor demanda também contribuem para esse cenário. Além disso, as condições de crédito mais apertadas e a inflação alta também exercem pressão sobre o setor.
“A queda da indústria farmacêutica pode ser explicada pela própria volatilidade de resultados, que é uma característica do setor, pelo menor número de dias trabalhados, por conta da concessão de férias coletivas em algumas plantas industriais e por uma base de comparação mais elevada, devido aos avanços registrados em janeiro de 2025 (4,5%) e dezembro de 2024 (2,5%), com ganho acumulado de 7,1% nesse período”, analisa Macedo. (5)
O setor que mais influenciou na queda da produção de janeiro para fevereiro foi o de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,3%) devido a desaceleração da economia e a menor demanda por produtos de saúde.
Demonstramos nas tabelas abaixo uma visão estratégica para:
Priorização de esforços de cobrança.
Definição de políticas de crédito setoriais.
Alocação de recursos para gestão de inadimplência.
VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
JAN/FEV 2025
Setor Industrial | Var (%) | Tendência | Destaque |
INDÚSTRIA GERAL | -0,1 | 🔄 Estabilidade | Quinto mês sem crescimento |
Indústrias Extrativas | 2,7 | 🔵 Alta | Melhor desempenho |
Indústrias de Transformação | -0,5 | 🔴 Queda | Puxado por farmacêuticos |
Fonte: IBGE/PIM - Pesquisa Industrial Mensal (março/2025)
DESEMPENHO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA
JAN/FEV 2025
Setor Industrial | Var (%) | Categoria Econômica | Tendência |
Produtos farmacêuticos | -12,3% | Bens não-duráveis | 🔴 Queda acentuada |
Produtos de madeira | -8,6% | Bens intermediários | 🔴 Queda forte |
Produtos diversos | -5,9% | - | 🔴 Queda |
Máquinas e equipamentos | -2,7% | Bens de capital | 🔴 Queda |
Móveis | -2,1% | Bens duráveis | 🔴 Queda |
Equip. de informática/eletrônicos | -1,5% | Bens duráveis | 🔴 Queda |
Veículos automotores | -0,7% | Bens duráveis | 🔴 Queda leve |
Indústrias Extrativas | 2,7% | Bens intermediários | 🔵 Alta Forte |
Outros Equip. de Transporte | 2,2% | Bens de capital | 🔵 Alta |
Produtos Químicos | 2,1% | Bens intermediários | 🔵 Alta |
Celulose e Papel | 1,8% | Bens intermediários | 🔵 Alta |
Produtos Alimentícios | 1,7% | Bens não-duráveis | 🔵 Alta Moderada |
Produtos de Borracha / Plástico | 1,2% | Bens intermediários | 🔵 Alta Leve |
Fonte: IBGE/PIM - Pesquisa Industrial Mensal (março/2025)
DESEMPENHO DAS CATEGORIAS ECONÔMICAS
JAN/FEV 2025
Categoria Econômica | Categoria Econômica | Var (%) | Tendência | Recomendações p/ Cobrança |
Bens duráveis | Veículos (-0,7%) Eletrônicos (-1,5%) | -3,20% | 🔴 Queda | Revisar limites de crédito e aumentar garantias. |
Bens semi/não duráveis | Farmacêuticos (-12,3%) | -0,80% | 🔴 Queda | Monitorar setor farmacêutico. |
Bens intermediários | Extrativas (+2,7%) Químicos (+2,1%) | 0,80% | 🔵 Alta | Manter políticas atuais e focar em crescimento. |
Bens de capital | Equip. transporte (+2,2%) Máquinas (-2,7%) | 0,80% | 🔵 Alta | Analisar por subsetor e incentivar bons pagadores. |
Fonte: IBGE/PIM - Pesquisa Industrial Mensal (março/2025)
Legenda:
🔴 = Desempenho negativo (atenção redobrada)
🔵 = Desempenho positivo (oportunidades)
3. Resumo/Análise para Gestores de Cobrança
Como melhorar a recuperação em tempos desafiadores e indústrias em estagnação? E no Setor Industrial qual o papel da Cobrança Estratégica na Atualidade?
Diante deste cenário, destacamos os principais desafios para os gestores das empresas:
✔ Queda na demanda por alguns segmentos (especialmente duráveis).
✔ Deterioração da confiança empresarial (incerteza econômica).
✔ Queda na demanda por alguns segmentos (especialmente duráveis).
Setores críticos (farmácia, madeira, móveis): exigir reforço em garantias ou antecipações.
Risco de inadimplência elevado
Sugere-se encurtar prazos de pagamento
Setores resilientes (alimentos, química, papel): manter políticas atuais com monitoramento
Oportunidade para flexibilizar condições com clientes estratégicos
Manter acompanhamento preventivo
Bens duráveis: atenção redobrada - alto risco de inadimplência
ATENÇÃO
Se sua empresa atua em setores em queda, como farmacêuticos (-12,3%) ou duráveis (-3,2%), é urgente reforçar a gestão de crédito e cobrança para evitar rombos no caixa.
Dica da Latina:
Terceirize contas acima de 60 dias – Nossa equipe especializada em negociação humanizada pode aumentar a sua recuperação em mais de 40%.
4. Estratégias para a Cobrança em 2025
1. Antecipe a Inadimplências com Análise de Risco
Classifique clientes por risco (A, B, C, D) com base em histórico de pagamento.
Monitore sinais de alerta: atrasos recorrentes, pedidos menores, renegociações frequentes.
Use tecnologia: ferramentas de scoring de crédito podem prever default antes que aconteça.
2. Flexibilize Formas de Pagamento (Sem Abrir Mão do Recebimento)
Ofereça parcelamento em até 12x para clientes estratégicos, mas com juros embutidos.
Descontos por antecipação (ex.: 5% off para pagamento em 7 dias).
Boleto com QRCode PIX para agilizar liquidação.
3. Terceirize a Cobrança para Focar no Core Business
Empresas com inadimplência acima de 5% devem considerar parcerias com gestoras de cobrança especializadas.
Vantagens:
Redução de custos internos (equipe, processos judiciais).
Aumento da taxa de recuperação (profissionais experientes em negociação).
4. Use Dados para Tomada de Decisão
Acompanhe métricas-chave:
DSO (Dias de Vendas Pendentes): Quanto maior, mais lento o recebimento.
Taxa de Inadimplência: Se subir, revise políticas de crédito.
Eficiência de Cobrança: % de valores recuperados após 30, 60, 90
5. Prepare-se para um Ano de Crescimento Moderado
A indústria deve crescer apenas 1,7% em 2025, segundo projeções. Em um cenário de incerteza e aperto financeiro, a gestão eficiente de contas a receber fará a diferença entre empresas que seguem sólidas e aquelas que enfrentam crises de liquidez.
As condições financeiras mais apertadas e a deterioração na confiança empresarial fundamentam a expectativa de desaceleração. Entretanto, a resiliência do mercado de trabalho e as recentes medidas governamentais devem apoiar a demanda doméstica no curto prazo, mantendo o consumo em patamar elevado. Dessa forma, continuamos a antecipar uma desaceleração gradual, de 3,1% em 2024 para 1,7% em 2025. (7)
Considere algumas ações imediatas como:
✅ Revisar a sua política de crédito (critérios mais rígidos para setores em queda).
✅ Automatizar cobranças (envio de lembretes, integração com PIX, etc).
✅ Considerar parceiros especializados para aumentar a eficiência na recuperação.
Na Latina Gestão em Cobranças, ajudamos as indústrias e demais empresas a proteger seu fluxo de caixa com soluções personalizadas.
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Fontes:
IBRE/FGV
Agência Brasil
O Globo
Veja
Exame
IBGE/PIM
Serasa (Boletim Econômico Mar/2025)
Tabelas PIM-PF/IBGE
Imagem de Freepik (Jcomp)
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