Cobrança Proativa X Varejo Volátil
- Latina Gestão em Cobranças
- 15 de abr.
- 4 min de leitura
Atualizado: 24 de abr.
Dados mostram que as vendas no varejo tiveram um aumento em março em relação ao ano passado o que tem implicações diretas para o setor de cobranças e gestão de inadimplência.

Segundo matéria publicada pela CNN e dados divulgados na última quarta-feira (9) pela empresa de meios de pagamento Getnet, do Santander Brasil, temos:
As vendas no varejo ampliado avançaram 1,2% em março ante fevereiro, no segundo mês seguido de crescimento na comparação mensal, com destaques positivos para categorias que incluem móveis e eletrodomésticos, veículos e materiais de construção. Em relação ao mesmo mês de 2024, também em termos ampliados, as vendas no varejo aumentaram 3,4%. Na medição restrita, houve recuo de 0,3% no mês, mas alta de 4,9% no ano, segundo os dados.
“Embora o índice restrito tenha recuado em março, somente combustíveis e outros bens de consumo pessoal tiveram resultados negativos (-2,2% m/m e -2,4% m/m, respectivamente)”... “tanto automóveis, partes e peças (+2,5% m/m) quanto materiais de construção (+2,6% m/m) tiveram resultados positivos”
As vendas no segmento de serviços recuaram 2,8% em março ante fevereiro, “seguindo a tendência de volatilidade nos últimos meses”. Na métrica interanual, a queda foi de 5,1%, impactada pelo calendário deste ano, com o Carnaval ocorrendo em março.
O segmento de alojamento e alimentação teve um bom desempenho, com crescimento de 2,5% referindo-se ao desempenho na comparação com fevereiro.
NO CENÁRIO DA COBRANÇA
Os dados divulgados sobre o desempenho do varejo em março/2025, com crescimento em setores específicos (móveis, eletrodomésticos, materiais de construção) e queda em outros (combustíveis, serviços) têm implicações diretas para o setor de cobranças e gestão de inadimplência, conforme detalhamos abaixo:
1. Setores em Crescimento: Oportunidades e Riscos
Destaques Positivos:
Móveis/eletrodomésticos (+2,6%) e materiais de construção (+2,5%) indicam que famílias e empresas estão investindo em bens duráveis, possivelmente financiados.
Vendas de veículos (+2,5%) sugerem maior acesso a crédito.
Impacto nas Cobranças:
Aumento de contratos parcelados: Mais vendas = maior volume de dívidas a serem administradas.
Risco de inadimplência futura: Se a economia desacelerar, compras financiadas podem ocasionar problemas.
Estratégia proativa: Cobrança amigável e renegociação antecipada são essenciais para evitar picos de inadimplência.
2. Setores em Queda: Pressão sobre Inadimplência
Destaques Negativos:
Combustíveis (-2,2%) e serviços (-5,1% no ano) refletem menor poder de consumo não essencial.
Carnaval em março: Impactou setores como turismo e alimentação.
Impacto nas Cobranças:
Maior dificuldade de pagamento: Empresas de serviços e comércio de bens não essenciais enfrentarão mais inadimplentes.
Cobrança judicial vs. recuperação amigável: Setores fragilizados exigem abordagem humanizada para evitar perdas totais.
3. Cenário Macroeconômico e Tendências
Inflação e crédito: sinais de retração do consumo real.
Disparidade entre varejo ampliado (+3,4%) e restrito (-0,3%): Indica que setores com crédito fácil (como automóveis) puxam o crescimento, mas mascaram fragilidades em outros segmentos.
4. Ações Recomendadas para Empresas:
1. Priorize a Segmentação de Clientes
Classifique carteiras por setor e risco usando dados de pagamento históricos e tendências do varejo.
Foco em setores vulneráveis: Combustíveis, serviços e bens não essenciais (com quedas de -2,2% a -5,1%) exigem monitoramento reforçado para evitar inadimplência em cadeia.
Setores em crescimento (móveis, eletrodomésticos, veículos): Adote cobrança preventiva, lembrando clientes de vencimentos e oferecendo renovação de parcelamentos.
2. Humanize a Cobrança, mas Mantenha Eficiência
Clientes de alojamento/alimentação (que cresceram 2,5%) podem ter fluxo sazonal – ajuste prazos conforme a sazonalidade.
Abordagem proativa: Para setores em crise (ex.: serviços), ofereça renegociação antecipada com prazos estendidos ou desconto para quitação.
Canais digitais: Use SMS, e-mail e WhatsApp para lembretes automatizados, mas com linguagem empática.
3. Fortaleça a Análise de Dados Preditivos
Ajuste modelos para evitar falsos positivos
Integre indicadores externos: Cruze dados de vendas do varejo com seu histórico de inadimplência para antecipar riscos.
Ferramentas: Se puder, utilize AI para identificar padrões (ex.: clientes que atrasam após 3 parcelas).
4. Diversifique Estratégias para Setores Específicos
Entenda a dor do cliente: quem comprou móveis parcelados pode estar priorizando outras contas.
Materiais de construção/móveis (em alta): Ofereça portabilidade de dívidas para clientes que queiram trocar de loja.
Serviços (em queda): Crie planos de pagamento por uso (ex.: cobrança diária para prestadores de serviços).
5. Prepare-se para uma Possível Retração do Crédito
Se considerarmos o consumo real menor, bancos podem apertar os critérios de empréstimos.
Consequência: Menor liquidez = mais inadimplência.
Solução: Parcerias como a da Latina Gestão em Cobranças podem melhorar seu fluxo de caixa pois oferece aos seus clientes endividados parcelamentos e a sua empresa recebe o valor à vista. Fale com um de nossos consultores e saiba mais.
6. Invista em Treinamento de Equipes
É preciso entender a dor do cliente: quem comprou móveis parcelados pode estar priorizando outras contas.
Capacite agentes de cobrança para lidar com:
Setores em crise: Habilidade em negociar sem perder o cliente.
Setores em alta: Agilidade para fechar acordos antes que a dívida vire calote.
7. Atenção ao Compliance e à LGPD
Cobranças mais frequentes exigem cuidado redobrado com dados pessoais.
Solução:
Automação de comunicações dentro dos limites legais.
Registro de consentimentos para evitar multas.
RESUMINDO
Em 2025, a diferença entre recuperar créditos ou acumular inadimplência estará na capacidade de:
Antecipar riscos com base em dados do varejo;
Personalizar abordagens por setor;
Equilibrar cobrança eficiente e humanizada.
Essas ações transformam desafios em oportunidades de fidelização e redução de perdas.
O crescimento desigual do varejo exige que os gestores de cobrança equilibrem abordagens assertivas (para setores sólidos) e flexíveis (para setores em crise).
Este momento exige atuação estratégica, por isso fale com um de nossos consultores comerciais e tenha uma parceira proativa em recuperação humanizada de créditos de cobrança.
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